domingo, 21 de agosto de 2011

Com chapéu de Margarida, Dilma anuncia reforço para mulheres do campo

Dilma anunciou melhorias para as mulheres que vivem no campo na 4ª edição da Marcha das Margaridas, em Brasília

A presidente Dilma Rousseff participou nesta quarta-feira (17) do encerramento da 4ª edição da Marcha das Margaridas, realizada em Brasília. Dilma anunciou uma série de melhorias para as mulheres que vivem no campo e nas florestas.  A coordenadora nacional da União Brasileira de Mulheres (UBM), Elza Maria Campos (terceira da esquerda para a direita na foto), participou do evento, que contou com a adesão de 70 mil mulheres.

Antes de iniciar seu discurso, a presidente entregou para a coordenadora da marcha, Carmen Foro, um documento com as respostas do governo para 158 itens que compõem a pauta de reivindicações das Margaridas. Utilizando um chapéu de palha típico das manifestantes, Dilma se comprometeu a estreitar o diálogo.

- Tenho certeza de que o debate com os movimentos sociais é fundamental. As críticas e sugestões são essenciais. Estarei sempre junto, sempre aberta ao diálogo, a ouvir e escutar. E podem ter certeza que vocês têm em mim uma presidenta margarida.

Na área da saúde, por exemplo, Dilma anunciou que serão instalados 16 Unidades Básicas de Saúde Fluviais e dez Centros de Referência em Saúde do Trabalhador. Estas estruturas estarão direcionadas à ampliação do atendimento às trabalhadoras rurais no SUS (Sistema Único de Saúde).

Para as 16 unidades fluviais – que serão implementadas até 2012 – o governo federal vai investir R$ 35 milhões para a instalação e o custeio. A meta é que, até 2014, 32 embarcações estejam em pleno funcionamento no país. Os novos dez centros de saúde do trabalhador serão implementados até o próximo ano com recursos da ordem de R$ 4,1 milhões.

Um dos principais itens na pauta de reivindicação das Margaridas, a violência contra as mulheres teve destaque especial no discurso de Dilma. Lembrando a morte líder sindical Margarida Alves, agricultora assassinada em 1983 e que inspirou o movimento, a presidente anunciou a instalação de dez unidades móveis para atendimento de mulheres.

Essas instalações servirão como pontos de referência itinerantes para que mulheres de cidades pequenas possam denunciar maus-tratos e violência.

Além disso, Dilma também anunciou que o governo vai publicar uma portaria que estabelece a escrituração conjunta de imóveis adquiridos pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário, as mulheres representam apenas 18,1% das titulares dos contratos.

A Marcha foi coordenada pela CONTAG, Federação dos/as Trabalhadores/as na Agricultura (Fetag’s) e Sindicatos de Trabalhadores Rurais e contou com a participação de entidade como a UBM, Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Conselho Nacional de Saúde (CNS), Movimento da Mulher Trabalhadora Rural (MMTR), Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), Marcha Mundial das Mulheres (MMM), - Coordenação das Organizações dos Produtores Familiares do Mercosul (Coprofam), Rede de Mulheres Rurais da América Latina e Caribe (REDELAC). Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), dentre outras.

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