Geisy merece respeito!
A Uniban não pode ser um tribunal da Inquisição!
Uma cena digna de um filme de horror aconteceu na Uniban (Universidade Bandeirantes), de São Bernardo do Campo. A aluna Geisy Arruda, de 20 anos, foi hostilizada e perseguida por cerca de 700 alunos nas dependências dessa Universidade, por usar um vestido considerado curto por um bando de estudantes. A turba achou-se no direito de xingar, tocar, fotografar e filmar a aluna Geisy, numa atitude de barbárie, respaldada pela hipocrisia do discurso medieval da "moral e bons costumes". A história acabou com a estudante trancada na sala de sua turma, com a multidão pressionando porta e janelas, pedindo que ela fosse entregue para ser ainda mais aviltada. Alguns colegas, funcionários e professores protegeram a moça até a chegada da PM, que a tirou da escola sob escolta.
Aqueles alunos enfurecidos expressaram publicamente a concepção machista de que as mulheres não têm desejo próprio nem podem se destacar na multidão. Por isso se propunham a puni-la com o estupro para colocá-la "em seu lugar" e lembrar que sexo, para as mulheres, como diziam os pensadores medievais, deve ser um sofrimento imposto e nunca uma iniciativa ou um prazer. O horrível espetáculo lembrava a queima de bruxas e a Inquisição na idade Média.
O mais chocante, no entanto, foi a atitude da Uniban, que se diz uma Universidade, um centro de educação/formação profissional: expulsou a vítima considerando-a “culpada” por ter “provocado” os colegas, o que, segundo o argumento usado, resultou “numa reação coletiva de defesa do ambiente escolar”. Mais uma vez, como no tempo dos assassinatos em “legítima defesa da honra”, a vítima é julgada e a priori considerada “culpada”, colocada no banco dos réus e exposta à execração pública. Que concepção educacional a Uniban pretende defender?
Que poder é esse que as instituições e os homens têm sobre o corpo das mulheres? Ontem, para mutilar, amordaçar, silenciar. Hoje, para manipular, moldar, escravizar aos estereótipos fundados na ideologia patriarcal, travestida pela imposição do consumo e pela coisificação das pessoas, “do outro” manifestada em ações de violência e barbárie numa “atitude de apartação social, de opressão e discriminação” de gênero. Reação de intolerância aos direitos humanos das mulheres, que hoje, mesmo sendo combatidas, estão enraizadas no comportamento da sociedade brasileira e no mundo. Uma cultura que atribui aos homens prerrogativas que lhes permitem ditar normas de conduta para as mulheres, assim como julgar a correção do cumprimento de suas ordens, desrespeitando os direitos humanos e os princípios constitucionais que regem a sociedade brasileira.
A União Brasileira de Mulheres (UBM) vem a público protestar contra a expulsão da estudante Geisy Arruda, exigindo a punição dos culpados e a reintegração da aluna ao corpo discente da Uniban.
São Paulo, 9 de novembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
sábado, 31 de outubro de 2009
ATO PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES E MENINAS!
UNIÃO BRASILEIRA DE MULHERES CONVIDA:
ATO PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES E MENINAS!
Por mim,
Por nós!!!
E pelas outras....
O Fórum Popular de Mulheres, a União Brasileira de Mulheres – Seção Paraná e a União Paranaense de Estudantes Secundaristas, entidades de defesa dos direitos da mulher por sua emancipação, defesa dos direitos da criança e do adolescente e da educação pública, gratuita e de qualidade vem a público manifestar nossa tristeza e nossa indignação e alertar a população que no dia 03 de novembro, faz um ano que a pequena Rachel, de apenas nove anos, foi brutalmente assassinada e seu corpo, achado em uma mala, na rodoviária de Curitiba.
Diante de toda a tristeza e dor devemos refletir o que estamos preparando para as nossas futuras gerações, como estamos construindo nosso futuro e o futuro de milhares de meninas e meninos, que sociedade e perspectivas são apresentadas e nossas crianças em seu cotidiano e em sua caminhada, em seus sonhos, anseios e fundamentalmente, em seu futuro.
Neste momento milhares de crianças e mulheres está sendo vítima de todo tipo de violência, física, moral, sexual. Muitas tragédias particulares são desenhadas no interior de paredes e mordaças, e nenhuma ação, nenhuma palavra. Silêncio! Isso é o que apresentamos como resposta a crueldade e a desumanidade vivida. Impotência é assim que agimos diante de tamanha opressão. Indiferença, conformismo e cumplicidade, por não querer me envolver e não denunciar.
Esta violência contra a mulher, contra as adolescentes e contra as crianças denominada violência de gênero (violência contra a mulher na vida social privada e pública), ocorre tanto no espaço privado quanto no espaço público e pode ser cometida por familiares ou outras pessoas que vivem no mesmo domicílio (violência doméstica); ou por pessoas sem relação de parentesco e que não convivem sob o mesmo teto.
O silêncio e a impunidade são cúmplices da violência. Por isso mesmo, é fundamental que toda sociedade denuncie a violência contra as mulheres e meninas que ainda ocorre em silêncio em tantos lares e no conjunto da sociedade.
Precisamos dar um basta nesta situação!
POR UM MUNDO DE IGUALDADE, CONTRA TODA OPRESSÃO!!!
Pelo fim da violência contra as mulheres e meninas!
Pelo direito a uma vida sem violência!
Participe do ato dia 03 de Novembro às 10 horas da manhã - Rodoviária de Curitiba em frente ao Bloco Interestadual
REDAÇÃO DA RACHEL QUE FOI PREMIADA
Minha Família tem cada História
Vou te contar a minha história, a história da minha família!
Minha família começou em Paranaguá com os tupis-guarani, eu acho!
Meus antepassados tinham culturas diferentes da nossa cultura de hoje.
Muitos morreram ou foram se espalhando pelo mundo, indo de geração em geração até chegar em mim.
Hoje existem muitos de minha família no país inteiro ou só no Paraná, não sei.
Só sei que meus próximos parentes tenham o mesmo orgulho de ser INDÍO!
Fazemos o melhor para o mundo
Unidos
Trabalhamos
Unidos
Reformando
O mundo
Viva a família!
Sou Rachel Maria, essa é a minha história, qual é a sua?
Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre (Redação premiada no concurso da Biblioteca Pública do Paraná em )
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E A CRIANÇA: DENUNCIE:
Central de Atendimento à Mulher – Disque 180
Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência de Curitiba - 3338-1832
DEAM Curitiba - 3219-8600
Contra Abuso Sexual e Exploração Infantil – Disque 100
· Participe da missa no dia 06 de novembro (sexta-feira) às 19 horas na Igreja São Cristovão. Rua Santa Catarina, 1661, Vila Guaíra, Curitiba - Paraná. A igreja fica entre as Ruas Rio Grande do Norte & Rua Paraíba.
Contatos: União Brasileira de Mulheres – Seção Paraná: email: ubmparana@yahoo.com.br
ATO PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES E MENINAS!
Por mim,
Por nós!!!
E pelas outras....
O Fórum Popular de Mulheres, a União Brasileira de Mulheres – Seção Paraná e a União Paranaense de Estudantes Secundaristas, entidades de defesa dos direitos da mulher por sua emancipação, defesa dos direitos da criança e do adolescente e da educação pública, gratuita e de qualidade vem a público manifestar nossa tristeza e nossa indignação e alertar a população que no dia 03 de novembro, faz um ano que a pequena Rachel, de apenas nove anos, foi brutalmente assassinada e seu corpo, achado em uma mala, na rodoviária de Curitiba.
Diante de toda a tristeza e dor devemos refletir o que estamos preparando para as nossas futuras gerações, como estamos construindo nosso futuro e o futuro de milhares de meninas e meninos, que sociedade e perspectivas são apresentadas e nossas crianças em seu cotidiano e em sua caminhada, em seus sonhos, anseios e fundamentalmente, em seu futuro.
Neste momento milhares de crianças e mulheres está sendo vítima de todo tipo de violência, física, moral, sexual. Muitas tragédias particulares são desenhadas no interior de paredes e mordaças, e nenhuma ação, nenhuma palavra. Silêncio! Isso é o que apresentamos como resposta a crueldade e a desumanidade vivida. Impotência é assim que agimos diante de tamanha opressão. Indiferença, conformismo e cumplicidade, por não querer me envolver e não denunciar.
Esta violência contra a mulher, contra as adolescentes e contra as crianças denominada violência de gênero (violência contra a mulher na vida social privada e pública), ocorre tanto no espaço privado quanto no espaço público e pode ser cometida por familiares ou outras pessoas que vivem no mesmo domicílio (violência doméstica); ou por pessoas sem relação de parentesco e que não convivem sob o mesmo teto.
O silêncio e a impunidade são cúmplices da violência. Por isso mesmo, é fundamental que toda sociedade denuncie a violência contra as mulheres e meninas que ainda ocorre em silêncio em tantos lares e no conjunto da sociedade.
Precisamos dar um basta nesta situação!
POR UM MUNDO DE IGUALDADE, CONTRA TODA OPRESSÃO!!!
Pelo fim da violência contra as mulheres e meninas!
Pelo direito a uma vida sem violência!
Participe do ato dia 03 de Novembro às 10 horas da manhã - Rodoviária de Curitiba em frente ao Bloco Interestadual
REDAÇÃO DA RACHEL QUE FOI PREMIADA
Minha Família tem cada História
Vou te contar a minha história, a história da minha família!
Minha família começou em Paranaguá com os tupis-guarani, eu acho!
Meus antepassados tinham culturas diferentes da nossa cultura de hoje.
Muitos morreram ou foram se espalhando pelo mundo, indo de geração em geração até chegar em mim.
Hoje existem muitos de minha família no país inteiro ou só no Paraná, não sei.
Só sei que meus próximos parentes tenham o mesmo orgulho de ser INDÍO!
Fazemos o melhor para o mundo
Unidos
Trabalhamos
Unidos
Reformando
O mundo
Viva a família!
Sou Rachel Maria, essa é a minha história, qual é a sua?
Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre (Redação premiada no concurso da Biblioteca Pública do Paraná em )
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E A CRIANÇA: DENUNCIE:
Central de Atendimento à Mulher – Disque 180
Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência de Curitiba - 3338-1832
DEAM Curitiba - 3219-8600
Contra Abuso Sexual e Exploração Infantil – Disque 100
· Participe da missa no dia 06 de novembro (sexta-feira) às 19 horas na Igreja São Cristovão. Rua Santa Catarina, 1661, Vila Guaíra, Curitiba - Paraná. A igreja fica entre as Ruas Rio Grande do Norte & Rua Paraíba.
Contatos: União Brasileira de Mulheres – Seção Paraná: email: ubmparana@yahoo.com.br
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terça-feira, 27 de outubro de 2009
MISSA POR UM ANO DE FALECIMENTO DA QUERIDA RACHEL
Caros amigos
Convido-os a se juntar a nós na missa de um ano do falecimento de nossa querida e espevitada Racheluxa.
Data : 06 de novembro (Sexta-feira)
Horas : 19h
Local : Igreja São Cristovão.
End. : Rua Santa Catarina, 1661, Vila Guaíra, Curitiba - Paraná.
A igreja fica entre as Ruas Rio Grande do Norte & Rua Paraíba, perto da nossa antiga casa
Google Maps:
http://maps.google.com.br/maps?q&hl=pt-BR&tab=nl
Clica em: como chegar
Destino B - Rua Santa Catarina, 1661, Curitiba, Paraná, Brasil
Seu local A -
Estendemos o convite a participarem de um ato contrário a violência doméstica (Contra crianças e mulheres).
Data : 25 de novembro (Terça-feira)
Horas : 18h
Local : Praça Tiradentes
Desejamos reunir, além de nossos os amigos, com amigos e familiares de vítimas da violência.
NÃO vamos nos calar, nem deixar que o silêncio enfraqueça nossa luta!
Conto com a participação de todos!
Por mim,
Por nós,
E pelas outras vítimas da violência.
Carol & Cris Lobo
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sábado, 24 de outubro de 2009
PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES E MENINAS!
Por mim,
Por nós!!!
E pelas outras....
O Fórum Popular de Mulheres, a União Brasileira de Mulheres – Seção Paraná e a União Paranaense de Estudantes Secundaristas, entidades de defesa dos direitos da mulher por sua emancipação e na defesa dos direitos da criança e do adolescente vem a público manifestar nossa tristeza e nossa indignação e alertar a população que no dia 03 de novembro, faz um ano que a pequena Rachel, de apenas nove anos, foi brutalmente assassinada e seu corpo, achado em uma mala, na rodoviária de Curitiba.
Diante de toda a tristeza e dor devemos refletir o que estamos preparando para as nossas futuras gerações, como estamos construindo nosso futuro e o futuro de milhares de meninos e meninas, que sociedade e perspectivas são apresentadas e nossas crianças em seu cotidiano e em sua caminhada, em seus sonhos, anseios e fundamentalmente, em seu futuro.
Neste momento milhares de crianças e mulheres estão sendo vítimas de todo tipo de violência, física, moral, sexual. Muitas tragédias particulares são desenhadas no interior de paredes e mordaças, e nenhuma ação, nenhuma palavra. Silêncio! Isso é o que apresentamos como resposta a crueldade e a desumanidade vivida. Impotência é assim que agimos diante de tamanha opressão. Indiferença, conformismo e cumplicidade, por não querer me envolver e não denunciar.
Esta violência contra a mulher, contra as adolescentes e contra as crianças denominada violência de gênero (violência contra a mulher na vida social privada e pública), ocorre tanto no espaço privado quanto no espaço público e pode ser cometida por familiares ou outras pessoas que vivem no mesmo domicílio (violência doméstica); ou por pessoas sem relação de parentesco e que não convivem sob o mesmo teto.
O silêncio é cúmplice da violência e pai da impunidade. Por isso mesmo, é fundamental que toda sociedade denuncie a violência contra as mulheres e meninas que ainda ocorre em silêncio em tantos lares e no conjunto da sociedade.
Precisamos dar um basta nesta situação!
POR UM MUNDO DE IGUALDADE, CONTRA TODA OPRESSÃO
Pelo fim da violência contra as mulheres e meninas!
Pelo direito a uma vida sem violência!
Participe do ato dia 03 de Novembro às 10 horas da manhã
Rodoviária de Curitiba – Bloco Estadual
Por mim,
Por nós!!!
E pelas outras....
O Fórum Popular de Mulheres, a União Brasileira de Mulheres – Seção Paraná e a União Paranaense de Estudantes Secundaristas, entidades de defesa dos direitos da mulher por sua emancipação e na defesa dos direitos da criança e do adolescente vem a público manifestar nossa tristeza e nossa indignação e alertar a população que no dia 03 de novembro, faz um ano que a pequena Rachel, de apenas nove anos, foi brutalmente assassinada e seu corpo, achado em uma mala, na rodoviária de Curitiba.
Diante de toda a tristeza e dor devemos refletir o que estamos preparando para as nossas futuras gerações, como estamos construindo nosso futuro e o futuro de milhares de meninos e meninas, que sociedade e perspectivas são apresentadas e nossas crianças em seu cotidiano e em sua caminhada, em seus sonhos, anseios e fundamentalmente, em seu futuro.
Neste momento milhares de crianças e mulheres estão sendo vítimas de todo tipo de violência, física, moral, sexual. Muitas tragédias particulares são desenhadas no interior de paredes e mordaças, e nenhuma ação, nenhuma palavra. Silêncio! Isso é o que apresentamos como resposta a crueldade e a desumanidade vivida. Impotência é assim que agimos diante de tamanha opressão. Indiferença, conformismo e cumplicidade, por não querer me envolver e não denunciar.
Esta violência contra a mulher, contra as adolescentes e contra as crianças denominada violência de gênero (violência contra a mulher na vida social privada e pública), ocorre tanto no espaço privado quanto no espaço público e pode ser cometida por familiares ou outras pessoas que vivem no mesmo domicílio (violência doméstica); ou por pessoas sem relação de parentesco e que não convivem sob o mesmo teto.
O silêncio é cúmplice da violência e pai da impunidade. Por isso mesmo, é fundamental que toda sociedade denuncie a violência contra as mulheres e meninas que ainda ocorre em silêncio em tantos lares e no conjunto da sociedade.
Precisamos dar um basta nesta situação!
POR UM MUNDO DE IGUALDADE, CONTRA TODA OPRESSÃO
Pelo fim da violência contra as mulheres e meninas!
Pelo direito a uma vida sem violência!
Participe do ato dia 03 de Novembro às 10 horas da manhã
Rodoviária de Curitiba – Bloco Estadual
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Chile: luta diária pela despenalização do aborto
(Envolverde/O autor)
29/09/2009 - 12h09Chile: Luta diária pela despenalização do aborto
Por Daniela Estrada, da IPS
Santiago, 29/09/2009 – “Nós parimos, nós decidimos”, “Afastam os rosários de nossos ovários”, “Se o papa fosse mulher, o aborto seria lei”. Estes foram alguns dos lemas ouvidos ,ontem na capital chilena por ocasião do Dia pela Despenalizaão do Aborto na América Latina e no Caribe. “Este é um dia de militância e ativismo pela liberdade sexual e reprodutiva das mulheres na América Latina e no Caribe”, disse à IPS Gloria Maira, da Rede Chilena contra a Violência Domestica e Sexual. A Data foi instaurada pelo movimento feminista da região em 1990.Com cantos a cartazes, a Articulação 28 de Setembro do Chile, integrada por quase 40 organizações feministas, realizou ontem uma manifestação no centro da capital do país que proíbe o aborto sem exceções. Atividades semelhantes aconteceram em outros países da região. “Em nível regional, a demanda pelo reconhecimento do aborto como uma experiência da mulher e uma decisão inerente à sua liberdade sexual e reprodutiva é uma luta diária em cada país”, que apresenta avanços e retrocessos, disse Maira. O que se mantém estável na região é, a “inflamada campanha por parte de setores fundamentais da Igreja Católica” para reverter os poucos progressos conseguidos, acrescentou esta ativista.Na América Latina estima-se que sejam realizados mais de quatro milhões de aborto por ano, segundo diversas fontes, e 13% das mortes maternas estão associada a esta prática sem nenhum tipo de segurança. Em matéria de legislações, em um extremo há países como Chile, El Salvador, Honduras, Nicarágua e República Dominicana, onde a interrupção voluntária da gravidez é punida em qualquer circunstância. No outro se encontram Cuba, Porto Rico e o Distrito Federal do México, cuja Assembleia Legislativa aprovou em 2007 a despenalização do aborto durante o primeiro trimestre de gestação por qualquer motivo. Os demais países da região autorizam o aborto somente em casos específicos como risco de vida para a mãe, má-formações do feto ou violação. Em 2006, o Tribunal Constitucional da Colômbia autorizou o aborto nesses três casos.“O problema é que, mesmo que muitas legislações tenham se aberto a estas causas, é muito difícil aplicá-las. Permanentemente as organizações feministas têm de fazer campanhas para que os pedidos de aborto realizados no contexto destas legalidades sejam atendidos, como ocorreu no Brasil este ano”, disse Maira. Ela se referia ao caso de uma menina de 9 anos que foi violentada pro seu padrasto e ficou grávida de gêmeos. Apesar de no Brasil a lei permitir o aborto por razoes de violação ou risco de vida para a mãe, a ofensiva da Igreja Católica foi tal que as organizações defensoras dos direitos humanos tiveram de intervir para que a menina pudesse interromper sua gravidez na 15ª semana.Para Adriana Gómez, da Rede de Saúde das Mulheres Latino-americanas e do Caribe, a tendência nos últimos anos é negativa. Além deste caso brasileiro, recordou à IPS que a Nicarágua penalizou totalmente o aborto em 2006 e que no ano passado o esquerdista presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, vetou uma lei que despenalizava a interrupção da gravidez, aprovada pelo parlamento por maioria absoluta de seu partido, a Frente Ampla.Na República Dominicana, este mês foi aprovada uma reforma constitucional que reconhece a vida desde o momento da concepção, e no México pelo menos 15 de seus 32 Estados aprovaram leis contra o aborto. Outro problema regional é a falta de tratamento humano. “Exigimos que as mulheres que chegam aos hospitais com aborto induzidos não sejam punidas, estigmatizadas, que se mantenha a relação confidencial médico-paciente e que recebem cuidados de qualidade”, disse Maira.No Chile, o Ministério da Saúde emitiu este ano uma resolução proibindo os funcionários da saúde de delatar à policia as mulheres que atenderem com complicações derivadas de um aborto. Apesar disso, duas jovens que abortaram em agosto com o medicamento Misoprostol foram denunciadas perante a justiça e tiveram seus nomes divulgados pela imprensa, o que motivou a abertura de processos administrativos.Com resposta à penalização do aborto na região, organizações feministas de três países lançaram um serviço telefônico que dá informações às mulheres que desejarem interromper a gravidez utilizando Misoprostol, receitado para em casos de úlceras gástricas, mas aplicado com êxito como droga abortiva. A iniciativa, que conta com o apoio da organização não-governamental holandesa Mulheres sobre as Ondas, começou em junho de 2008 no Equador, em maio no Chile e em agosto na Argentina. “Não podemos continuar esperando uma dádiva das democracias latino-americanas em termos de garantia de nossos direitos sobre o corpo”, disse Maira.“No Chile, 160 mil mulheres decidem anualmente não prosseguir com a gravidez. Essa experiência, essa realidade, deveria estar legitimada em uma legislação, integrar nossa condição de cidadãs. Mas, cansamos. Já não esperamos por uma lei, e apoiamos a entrega de informação para que as mulheres que queiram abortar o façam de forma segura”, acrescentou Maira. Segundo a ativista, “o debate sobre aborto foi cooptado pelos setores conservadores, que pegaram para si o discurso pró-vida. Todos somos a favor da vida. Na medida em que se abre o debate à cidadania, que haja um debate informado, que as pessoas vejam que as opiniões são diversas, os cidadãos têm de chegar a novos acordos sociais a respeito do tema”, concluiu Maira. IPS/Envolverde
(Envolverde/IPS)
29/09/2009 - 12h09Chile: Luta diária pela despenalização do aborto
Por Daniela Estrada, da IPS
Santiago, 29/09/2009 – “Nós parimos, nós decidimos”, “Afastam os rosários de nossos ovários”, “Se o papa fosse mulher, o aborto seria lei”. Estes foram alguns dos lemas ouvidos ,ontem na capital chilena por ocasião do Dia pela Despenalizaão do Aborto na América Latina e no Caribe. “Este é um dia de militância e ativismo pela liberdade sexual e reprodutiva das mulheres na América Latina e no Caribe”, disse à IPS Gloria Maira, da Rede Chilena contra a Violência Domestica e Sexual. A Data foi instaurada pelo movimento feminista da região em 1990.Com cantos a cartazes, a Articulação 28 de Setembro do Chile, integrada por quase 40 organizações feministas, realizou ontem uma manifestação no centro da capital do país que proíbe o aborto sem exceções. Atividades semelhantes aconteceram em outros países da região. “Em nível regional, a demanda pelo reconhecimento do aborto como uma experiência da mulher e uma decisão inerente à sua liberdade sexual e reprodutiva é uma luta diária em cada país”, que apresenta avanços e retrocessos, disse Maira. O que se mantém estável na região é, a “inflamada campanha por parte de setores fundamentais da Igreja Católica” para reverter os poucos progressos conseguidos, acrescentou esta ativista.Na América Latina estima-se que sejam realizados mais de quatro milhões de aborto por ano, segundo diversas fontes, e 13% das mortes maternas estão associada a esta prática sem nenhum tipo de segurança. Em matéria de legislações, em um extremo há países como Chile, El Salvador, Honduras, Nicarágua e República Dominicana, onde a interrupção voluntária da gravidez é punida em qualquer circunstância. No outro se encontram Cuba, Porto Rico e o Distrito Federal do México, cuja Assembleia Legislativa aprovou em 2007 a despenalização do aborto durante o primeiro trimestre de gestação por qualquer motivo. Os demais países da região autorizam o aborto somente em casos específicos como risco de vida para a mãe, má-formações do feto ou violação. Em 2006, o Tribunal Constitucional da Colômbia autorizou o aborto nesses três casos.“O problema é que, mesmo que muitas legislações tenham se aberto a estas causas, é muito difícil aplicá-las. Permanentemente as organizações feministas têm de fazer campanhas para que os pedidos de aborto realizados no contexto destas legalidades sejam atendidos, como ocorreu no Brasil este ano”, disse Maira. Ela se referia ao caso de uma menina de 9 anos que foi violentada pro seu padrasto e ficou grávida de gêmeos. Apesar de no Brasil a lei permitir o aborto por razoes de violação ou risco de vida para a mãe, a ofensiva da Igreja Católica foi tal que as organizações defensoras dos direitos humanos tiveram de intervir para que a menina pudesse interromper sua gravidez na 15ª semana.Para Adriana Gómez, da Rede de Saúde das Mulheres Latino-americanas e do Caribe, a tendência nos últimos anos é negativa. Além deste caso brasileiro, recordou à IPS que a Nicarágua penalizou totalmente o aborto em 2006 e que no ano passado o esquerdista presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, vetou uma lei que despenalizava a interrupção da gravidez, aprovada pelo parlamento por maioria absoluta de seu partido, a Frente Ampla.Na República Dominicana, este mês foi aprovada uma reforma constitucional que reconhece a vida desde o momento da concepção, e no México pelo menos 15 de seus 32 Estados aprovaram leis contra o aborto. Outro problema regional é a falta de tratamento humano. “Exigimos que as mulheres que chegam aos hospitais com aborto induzidos não sejam punidas, estigmatizadas, que se mantenha a relação confidencial médico-paciente e que recebem cuidados de qualidade”, disse Maira.No Chile, o Ministério da Saúde emitiu este ano uma resolução proibindo os funcionários da saúde de delatar à policia as mulheres que atenderem com complicações derivadas de um aborto. Apesar disso, duas jovens que abortaram em agosto com o medicamento Misoprostol foram denunciadas perante a justiça e tiveram seus nomes divulgados pela imprensa, o que motivou a abertura de processos administrativos.Com resposta à penalização do aborto na região, organizações feministas de três países lançaram um serviço telefônico que dá informações às mulheres que desejarem interromper a gravidez utilizando Misoprostol, receitado para em casos de úlceras gástricas, mas aplicado com êxito como droga abortiva. A iniciativa, que conta com o apoio da organização não-governamental holandesa Mulheres sobre as Ondas, começou em junho de 2008 no Equador, em maio no Chile e em agosto na Argentina. “Não podemos continuar esperando uma dádiva das democracias latino-americanas em termos de garantia de nossos direitos sobre o corpo”, disse Maira.“No Chile, 160 mil mulheres decidem anualmente não prosseguir com a gravidez. Essa experiência, essa realidade, deveria estar legitimada em uma legislação, integrar nossa condição de cidadãs. Mas, cansamos. Já não esperamos por uma lei, e apoiamos a entrega de informação para que as mulheres que queiram abortar o façam de forma segura”, acrescentou Maira. Segundo a ativista, “o debate sobre aborto foi cooptado pelos setores conservadores, que pegaram para si o discurso pró-vida. Todos somos a favor da vida. Na medida em que se abre o debate à cidadania, que haja um debate informado, que as pessoas vejam que as opiniões são diversas, os cidadãos têm de chegar a novos acordos sociais a respeito do tema”, concluiu Maira. IPS/Envolverde
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terça-feira, 29 de setembro de 2009
PARADA DA DIVERSIDADE LGBT
A UBM participou, domingo 27 em Curitiba da Parada
da Diversidade LGBT 2009 "Nossos direitos,
seus direitos, diretos humanos". Foi uma aula de cidadania, civilidade, respeito à diversidade, além de uma bela festa!!
da Diversidade LGBT 2009 "Nossos direitos,
seus direitos, diretos humanos". Foi uma aula de cidadania, civilidade, respeito à diversidade, além de uma bela festa!!
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sexta-feira, 25 de setembro de 2009
PARADA DA DIVERSIDADE LGBT
PARADA DA DIVERSIDADE LGBT
NESTE DOMINGO 27 DE SETEMBRO - PARADA DA DIVERSIDADE LGBT
Veja a programação da Parada da Diversidade LGBT - 27 de setembro.
Com o tema “Seus direitos, nossos direitos, direitos humanos – Pelo Fim da Violência e da Impunidade” milhares de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, simpatizantes e aliados devem comparecer domingo no Centro Cívico.
PROGRAMAÇÃO: 27 de setembro
CONCENTRAÇÃO: A partir das 13:00 horas na Praça 19 de Dezembro (Praça do Homem Nu) ao Lado do Shopping Mueller.
LARGADA DA PARADA: às 15:00 horas
SHOWS: 17:30 horas na Praça Nossa Senhora Salete em frente o Palácio Iguaçu.
Fones: (41) 3222 3999 e (41) 3232 1299.
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terça-feira, 22 de setembro de 2009
Ato Público UBM pela legalização do aborto
A UBM – União Brasileira de Mulheres
Convida para Ato público em
28 de Setembro de 2009
Pela não criminalização das mulheres e pela legalização do Aborto
A cada ano, 46 milhões de mulheres em todo o mundo recorrem ao aborto para interromper uma gravidez não desejada.
O aborto clandestino é perigoso para as mulheres porque não existem condições adequadas de higiene e segurança, na maioria das vezes quem realiza o procedimento não tem treinamento adequado nem aparato técnico que garantam a saúde das pacientes. As hemorragias, infecções e outras complicações de abortos inseguros são algumas das maiores causas de mortalidade materna.
A criminalização do aborto contribui para o aumento da gravidez não desejada e a mortalidade das mulheres, principalmente das mais pobres que não tem recursos econômicos e institucionais para uma interrupção segura da gestação.
No dia 28 de Setembro de 2009, organizações feministas, de direitos humanos e diversos movimento sociais realizarão ações espalhadas por todo o Brasil para fomentar o debate e a conscientização pela legalização do aborto, exigindo um tratamento laico do Estado sobre os direitos sexuais e reprodutivos, a liberdade de escolha e autonomia das mulheres sobre seus corpos e suas vidas, a oferta do aborto seguro pelos SUS, e a extinção dos processos judiciais sobre as mulheres que realizaram aborto.
· Dia 28 de Setembro de 2009 às 15 Horas
· Local: Praça da Sé
· Realização manifestações de movimentos sociais, tribuna popular, intervenções teatrais.
Direito ao aborto legal e seguro:
As mulheres decidem, A sociedade respeita, O Estado Garante!
Convida para Ato público em
28 de Setembro de 2009
Pela não criminalização das mulheres e pela legalização do Aborto
A cada ano, 46 milhões de mulheres em todo o mundo recorrem ao aborto para interromper uma gravidez não desejada.
O aborto clandestino é perigoso para as mulheres porque não existem condições adequadas de higiene e segurança, na maioria das vezes quem realiza o procedimento não tem treinamento adequado nem aparato técnico que garantam a saúde das pacientes. As hemorragias, infecções e outras complicações de abortos inseguros são algumas das maiores causas de mortalidade materna.
A criminalização do aborto contribui para o aumento da gravidez não desejada e a mortalidade das mulheres, principalmente das mais pobres que não tem recursos econômicos e institucionais para uma interrupção segura da gestação.
No dia 28 de Setembro de 2009, organizações feministas, de direitos humanos e diversos movimento sociais realizarão ações espalhadas por todo o Brasil para fomentar o debate e a conscientização pela legalização do aborto, exigindo um tratamento laico do Estado sobre os direitos sexuais e reprodutivos, a liberdade de escolha e autonomia das mulheres sobre seus corpos e suas vidas, a oferta do aborto seguro pelos SUS, e a extinção dos processos judiciais sobre as mulheres que realizaram aborto.
· Dia 28 de Setembro de 2009 às 15 Horas
· Local: Praça da Sé
· Realização manifestações de movimentos sociais, tribuna popular, intervenções teatrais.
Direito ao aborto legal e seguro:
As mulheres decidem, A sociedade respeita, O Estado Garante!
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quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Novo blog
amigas,
está criado nosso blog da UBM
aceitamos contribuições, enviadas para a Graciela ou a Isabel
também podem mandar fotos, links para outros blogs ou páginas da web, vídeos, publicações de outras fontes (desde que citadas) etc.
Vamos construir juntas nosso blog e seguí-lo, para que tenhamos uma forma de comunicação mais ágil, ok?
bel
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