domingo, 2 de maio de 2010

Condenado último acusado pela morte de Dorothy


Cinco anos após o assassinato da missionária Dorothy Stang, Regivaldo Pereira Galvão, o "Taradão", o único dos envolvidos no crime que ainda não havia sido julgado, foi condenado na madrugada deste 1º de Maio, em julgamento realizado no Fórum Criminal de Belém, na Cidade Velha.


Galvão foi julgado sob acusação de ser um dos mandantes do assassinato da religiosa norte-americana naturalizada brasileira, que defendia o direito à terra de pequenos produtores rurais da região de Altamira (PA). Dorothy Stang foi assassinada com seis tiros em fevereiro de 2005, em Anapu. Durante o interrogatório, Galvão negou o crime e não respondeu às perguntas da promotoria. A acusação sustentou a tese de homicídio qualificado, com promessa de recompensa, motivo torpe e uso de meios que impossibilitaram a defesa da vítima. Os advogados de defesa, Jânio Siqueira e César Ramos, rebateram a tese de homicídio qualificado, contrapondo-a com a tese de negativa de coautoria. Durante uma hora e meia, eles sustentaram a tese da ausência de provas nos autos da participação do réu no crime, pediram aos jurados a absolvição do acusado, mas não foram levados em conta. Os outros envolvidos no crime foram condenados e estão presos.

Repercussão Internacional:

A morte de Dorothy teve repercusão interncional com a mobilização de militantantes dos Direitos Humanos. O cineasta norte americano Daniel Junge, produziu o filme Mataram a irmã Dorothy que figurou entre os 15 pé-selecionados ao Oscar de melhor documentário de 2009. Ontem a condenação do fazendeiro Regivaldo Galvão foi notícia no site do Jornal The New York Times.


1 de Maio de 2010
Fonte: http://www.vermelho.org.br/

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