quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Com Dilma, as mulheres do mundo discursam em abertura da 66° assembleia da ONU - *Por Carol Lobo

“Além do meu querido Brasil, sinto-me, aqui, representando todas as mulheres do mundo. As mulheres anônimas, aquelas que passam fome e não podem dar de comer aos seus filhos; aquelas que padecem de doenças e não podem se tratar; aquelas que sofrem violência e são discriminadas no emprego, na sociedade e na vida familiar; aquelas cujo trabalho no lar cria as gerações futuras”, declarou Dilma.

A Organização das Nações Unidas, em sua 66° assembléia geral, teve pela primeira vez em sua história, o discurso de abertura de uma mulher, a presidenta do Brasil Dilma Rousseff.

Em seu discurso, Dilma abordou questões justas, como a defesa do Estado Palestino, questões ambientais, e de direitos humanos:

 “O autoritarismo, a xenofobia, a pena capital, a discriminação. Todos são algozes dos direitos humanos”.

Em outro momento, lembrou que sofreu tortura no cárcere e que, por isso, sabe como são importantes os valores da democracia, da justiça, dos direitos humanos e da liberdade.

Defendeu também a luta contra a fome e a miséria no mundo, a necessidade de uma regulamentação no sistema financeiro, defendendo uma união mundial e contribuições dos países emergentes para sair da crise

A nossa presidenta destacou esse século como o das mulheres, abrindo seu discurso com as seguintes palavras:
 
"Senhoras e senhores,


Pela primeira vez, na história das Nações Unidas, uma voz feminina inaugura o Debate Geral. É a voz da democracia e da igualdade se ampliando nesta tribuna que tem o compromisso de ser a mais representativa do mundo.

É com humildade pessoal, mas com justificado orgulho de mulher, que vivo este momento histórico.

Divido esta emoção com mais da metade dos seres humanos deste Planeta, que, como eu, nasceram mulher, e que, com tenacidade, estão ocupando o lugar que merecem no mundo. Tenho certeza, senhoras e senhores, de que este será o século das mulheres.

Na língua portuguesa, palavras como vida, alma e esperança pertencem ao gênero feminino. E são também femininas duas outras palavras muito especiais para mim: coragem e sinceridade. Pois é com coragem e sinceridade que quero lhes falar no dia de hoje."

* Carol Lobo é pedagoga e da Vice Presidenta da UBM PR
















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