terça-feira, 30 de março de 2010

União Brasileira de Mulheres participa da luta contra os fantasmas da ALEP

A União Brasileira de Mulheres-Seção Paraná convida todas as cidadãs e cidadãos paranaenses para Ato que a UPE e UPES organizam no dia 31 de março (4a.-feira), às 09h00, na Praça Santos Andrade, para protestar contra o roubo de dinheiro público através do esquema dos 'fantasmas' da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP).

Se não houver mobilização e pressão de movimentos sociais, de novo a 'operação-abafa' terá sucesso e qualquer investigação ficará restrita aos limites da ALEP, ou seja, com os suspeitos investigando a si mesmos.

A UBM defende um mundo de igualdade contra toda a opressão e entende que, para impulsionar a democracia em nosso país, é preciso ampliar a participação das mulheres nos espaços de poder, o que inclui a luta contra a corrupção, pela apuração rigorosa das irregularidades e punição de culpados e culpadas.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Homenagem a Telia Negrão

Porto Alegre, 25 março de 2010


Porto Alegre reverencia duplamente Telia Negrão
Jornalista e ativista do movimento feminista, ela receberá homenagem da Prefeitura Municipal e o título de cidadã honorária porto-alegrense nesta sexta-feira,26

Na semana em que Porto Alegre comemora seus 238 anos, Telia Negrão será reverenciada com dupla homenagem. Nascida no Mato Grosso do Sul e passado grande parte de sua vida no Paraná, a jornalista, cientista política, ativista do movimento feminista - e vivendo na capital gaúcha desde 1991 - receberá nesta sexta-feira, 26, às 19 horas, da Câmara dos Vereadores o título honorífico de Cidadã de Porto Alegre. Logo após, às 20h30min - (no Cais do Porto- Avenida Mauá, Portão 6/7 - Bar da Bienal) - Telia Negrão estará recebendo a Medalha Cidade de Porto Alegre.

Esta solenidade é realizada todos os anos durante a Semana de Porto Alegre (Decreto 6.202) e premia as pessoas ou entidades que tenham se distinguido por relevantes serviços em prol do desenvolvimento cultural, social, científico ou econômico da C idade. A cerimônia no Palácio Aloísio Filho (Câmara Municipal), Avenida Loureiro da Silva, 255, será realizada no Plenário Otávio Rocha.

O título de cidadã porto-alegrense foi proposto pelo Vereador Adeli Sell, presidente do PT municipal. Em sua justificativa, o vereador destaca que "com suas formulações teóricas e sua prática cotidiana, Telia tem contribuído para que o movimento de mulheres elabore e implemente políticas públicas que contemplam abordagens de gênero, o respeito aos direitos humanos individuais e coletivos, à diversidade e a diferença e para o fim de todas as formas de discriminações e violências sobre mulheres e meninas". Além disso, prossegue, sua atuação busca o empoderamento das mulheres, incentivando-as e capacitando-as para o exercício da cidadania nos espaços de poder e decisão.


Para Telia este reconhecimento público "se insere no processo de maior visibilidade das mulheres quando desempenham o papel de alavancar mudanças nos campos políticos e sociais, que no Brasil são visíveis, embora se mantenham grandes exclusões". E, segundo ela, a sociedade ainda convive com desafios como a naturalização da violência,, mas tem de admitir, ao mesmo tempo, que há um novo patamar de participação das mulheres no mundo”.



Quem é a homenageada - Telia nasceu em Mato Grosso do Sul, passou sua infância e juventude no Paraná e em 1991 transfere-se para Porto Alegre. É formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná - UFPR e Mestre em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS. Fez uma trajetória como jornalista nos grandes veículos, entre os quais o Jornal do Brasil.


Como feminista, fundou várias organizações desde o final dos anos de 1970, entre as quais a União Brasileira de Mulheres, o Coletivo Feminino Plural, foi a primeira coordenadora do Fórum Municipal da Mulher de Porto Alegre e a primeira presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher. Foi relatora junto às Nações Unidas para a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação e no Parlamento Europeu sobre Mortalidade Materna. É Secretária Executiva da Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos e integra o Conselho Diretor da Rede de Saúde das Mulheres Latino-americanas e do Caribe – RSMLAC.








Vera Daisy Barcellos - Jorn.Diplomada -Reg. 3.804 - 51.913.56.435
Assessoria de Imprensa da Rede Feminista de Saúde
comunicarede@redesaude.org.br


quarta-feira, 24 de março de 2010

"De escrava pra mulher - Marisaaaa" ? O trabalho escravo e a rede Marisa

Já aprovada no Senado, a Proposta de Emenda Constitucional que determina a expropriação das terras e o confisco de bens de empresas flagradas explorando mão-de-obra escrava ainda aguarda votação na Câmara dos Deputados. Para agilizar a sua tramitação, foi criada a Frente Parlamentar pela Erradicação do Trabalho Escravo. O demora na votação desta PEC comprova que ela afeta fortes interesses e que não se trata apenas, como difunde a mídia, de atingir pequenos negócios.

Segundo dados recentes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ainda há no país mais de 25 mil pessoas vivendo em condições análogas à escravidão. O trabalho escravo da atualidade tem características distintas da escravidão existente na época do Império. Segundo a OIT, ele não pode ser comparado ao trabalho precário ou com baixa remuneração. As pessoas são vítimas do trabalho escravo quando trabalham contra sua vontade e estão sujeitas a penalidades ou sanções.


Escravidão chega aos centros urbanos
No Brasil, esta situação aviltante é encontrada principalmente no campo, o que revela o cinismo dos latifundiários que se travestem de modernos empresários do agronegócio. Os trabalhadores rurais submetidos ao trabalho escravo são impedidos de se descolarem devido ao isolamento geográfico, tornam-se reféns das dívidas fraudulentas e são ameaçados por jagunços armados. Mas o problema não atinge apenas a pecuária (80% dos casos registrados) e a agricultura (17%).

Nos centros urbanos, crescem as denúncias de trabalho escravo. Na semana passada, a rede de lojas Marisa foi autuada em R$ 633 mil pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), após auditores encontrarem funcionários estrangeiros em condições análogas à escravidão numa oficina que presta serviço à poderosa empresa. A Marisa ainda tentou fugir da multa, alegando desconhecimento. Mas os fiscais comprovaram que ela tem controle de todos os processos da cadeia produtiva e que utilizou empresas interpostas para não contratar diretamente os trabalhadores.


Marisa é autuada em R$ 633 mil
O Grupo de Combate à Fraude e à Terceirização Irregular do MTE entregou 43 autos de infração à loja. Eles detalham condições degradantes no ambiente, na segurança e na saúde do trabalhador constatadas na oficina GSV, na Vila Nova Cachoeirinha, zona norte da capital paulista. A fiscalização foi feita em fevereiro por uma equipe de cinco fiscais, após denúncia do Sindicato das Costureiras. Da autuação de R$ 633 mil, mais da metade (R$ 394 mil) se refere a valores sonegados do FGTS de 17 trabalhadores bolivianos e um peruano – que não tinham carteira assinada.

“A Marisa tinha conhecimento do problema e vinha sendo alertada pelos órgãos públicos desde a CPI do Trabalho Escravo, em 2007”, afirma Renato Bignami, chefe da fiscalização do MTE. Sua equipe provou que ela montou “uma cadeia produtiva fraudulenta para mascarar o emprego dos bolivianos. Na oficina GSV, encontramos blusas com etiquetas da Marisa, notas fiscais e, no dia da fiscalização, constatamos que ela trabalhava com exclusividade para a rede”, relata Bignami.


Boicote à rede Marisa
O MTE estima que 10 mil oficinas de São Paulo, que empregam quase 100 mil sul-americanos, também exploram mão-de-obra de forma irregular. Além da Marisa, outras três redes de varejo já estão sob investigação. “Há indícios de outras situações idênticas à constatada na Marisa nas redes C&A, Renner e Riachuelo”, afirma Bignami. Diante da denúncia, alguns sítios já propõem uma campanha de boicote aos produtos da Marisa. Também sugerem que a rede seja incluída na “lista suja” do MTE, com seu nome amplamente divulgado para coibir o uso do trabalho escravo.

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Fonte; Blog do Altamiro Borges

Implantação da Lei Maria da Penha é mais difícil no meio rural, aponta Contag


Agência Brasil

Publicação: 11/03/2010 18:35

A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) divulgou uma pesquisa inédita sobre a violência contra as mulheres no campo. De acordo com dados coletados durante a 4ª Plenária Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais, realizada em novembro de 2008 em Luziânia (GO), município próximo a Brasília, 55% das mulheres já sofreram algum tipo de violência como agressão física, psicológica ou sexual.

A pesquisa foi feita com cerca de 530 mulheres que atuam no movimento sindical dos trabalhadores e trabalhadoras rurais. De acordo com o estudo, 37,6% das mulheres foram ameaçadas de morte, 11,9% sofreram estupro marital e 4,3% foram mantidas em cárcere privado. Mais de 63% das agressões contra as mulheres foram cometidas pelos próprios maridos.

As formas de violência verificadas contra a mulher são passíveis de punição conforme estabelece a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.349, de agosto de 2006). No entanto, a lei criada para coibir a agressão doméstica e familiar contra as mulheres tem implementação mais difícil no meio rural, assinala Carmen Foro, secretária das Mulheres da Contag.

Segundo ela, a implantação da lei é mais difícil na zona rural por causa do atendimento às mulheres. “Não é possível se efetivar na prática a lei quando não há informação suficiente, quando não tem serviço, quando não tem capacitação dos agentes para compreender melhor a efetivação das leis”, ressaltou salientando que o ambiente rural é mais conservador.

Ainda de acordo com a pesquisa da Contag, 81,5% das respondentes têm renda própria (a maioria até um salário mínimo) e 61,2% são chefes de família. Mais de um quarto das entrevistadas tem o ensino médio completo e 57,6% são casadas.

As mulheres se queixaram inclusive de violência ocorrida no interior do movimento social: 49% declararam “ter conhecimento de casos de violência no movimento sindical dos trabalhadores e trabalhadoras rurais”; 33,3% declararam “ter sofrido violência em eventos e atividades do movimento”, tais como cantadas e piadas ofensivas, humilhação e até violência sexual; 22,7% afirmaram que “já ocorreram casos de violência no seu sindicato”.

Segundo as entrevistadas, a principal forma de reação foi enfrentar o agressor (38,2%) e fazer denúncia (22,2%). Mais de um quarto das entrevistadas, porém, admitiu ter ficado calada. Em caso de denúncia, 22,8% das mulheres reclamam que nenhuma providência foi tomada. Setenta por cento das mulheres recomendam que o movimento divulgue a Lei Maria da Penha.

A secretária das Mulheres da Contag, Carmen Foro, disse que em casos de agressão as vítimas devem fazer denúncias à polícia e ao movimento, e buscar apoio em redes pessoais de solidariedade. A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) mantém o Disque 180 para a Central de Atendimento à Mulher.


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segunda-feira, 22 de março de 2010

O que há por trás da Justiça maranhense?

Há um ano o Fórum de Mulheres Maranhenses, entidade composta por vários grupos feministas e de mulheres, tomou conhecimento do caso da professora Neuzeli Maria de Almeida Bezerra. A professora denunciou ao Fórum e ao Conselho Estadual e Municipal da Mulher a situação de profundo constrangimento e injustiça que passa em função da separação de seu marido, também professor, que em ação surpreendente lhe retira a guarda dos filhos, exige pensão alimentícia e ainda lhe cerceia o direito de visitar os filhos sob a alegação de que a mesma é indigna de ser mãe. Desde a primeira denúncia, o Fórum de Mulheres imediatamente acionou as instâncias legais para apoiar a Sra. Neuzeli, escreveu carta ao Tribunal de Justiça, ao Conselho Nacional de Justiça e visitou o Fórum e a Vara de Família e tem aguardado com paciência as decisões da Justiça.

Passado um ano do início das ações do Fórum, nos surpreende os rumos que o processo tem tomado. O ex-marido (que parece muito bem articulado com setores do Judiciário maranhense) conseguiu reverter a guarda provisória dos filhos a seu favor, faz pressão velada à mãe, ameaça constantemente a mãe de retirar os dias de visitas, não cumpre com determinações judiciais no que se refere à liberação das crianças nos períodos determinados, entre outros abusos. O que mais nos surpreende no caso é o fato do referido marido viajar constantemente a trabalho, deixando os filhos sob os cuidados de uma empregada, que para ele tem mais responsabilidade do que a mãe biológica.

Enquanto isso as crianças tem sido submetidas a constantes pressões psicológicas por parte do pai e de familiares, na tentativa de excluir a mãe e de 'programar' os filhos para que a odeie sem justificativa idônea, desenvolvendo assim, a Síndrome de Alienação Parental (abuso que hoje já se constitui um crime por lei), diagnóstico técnico levantado pela avaliação do psicólogo do Fórum. Essa situação inusitada e surpreendente se passa na Justiça Maranhense sob a conivência de alguns operadores de direito o que demonstra um total despreparo para com assuntos que envolvem questões de direitos das mulheres.

O mais surpreendente ainda é que o ex-marido da professora Neuzeli está sendo processado pela mesma por ameaça de morte, agressão física, moral e psicológica, o que demonstra que este senhor é um risco visível na educação dos filhos, na medida em que demonstra desequilíbrio para a convivência social saudável, reforça o preconceito contra as mulheres, retira a autoridade da mãe, além de desqualificá-la constantemente, junto aos filhos sendo, portanto, um perigo para o futuro desses jovens que terão dificuldades de construir relações familiares no futuro.

Chama-nos a atenção ainda neste caso é o fato de não existir nenhuma acusação consistente que desqualifique a Sra. Neuzeli para ter a guarda dos seus filhos, o que consta ser uma mãe dedicada e de muita doação para com os filhos. Idônea e uma profissional competente, e da carreira estável, professora Assistente III de Psicologia na Universidade Estadual do Maranhão, doutoranda na Universidade Federal do Pará, com condições físicas e psíquicas inquestionáveis. Residência fixa e bem estruturada. Neste caso fica claro que o que move a ação jurídica no caso da Sra. Neuzeli é uma visão equivocada da condição da mulher ainda atrelada a uma visão conservadora que reduz a existência das mulheres única e exclusivamente a função de reprodutora.

Embora sejam reconhecidas todas as lutas que resultaram nos avanços das mulheres como sujeitos de direito, entretanto a ideologia patriarcal, que se utiliza de argumentos, teses e decisões sexistas, demonstrando mais uma vez a introjeção de preconceitos contra as mulheres, instrumentalizados por valores androcêntricos por parte de profissionais do direito em um contexto social em que a dominação masculina infelizmente ainda não foi superada.

Cabe a nós representantes dos movimentos de mulheres integrantes do Fórum Estadual de Mulheres exigir que a Justiça Maranhense cumpra o que determina a legislação e dê o tratamento justo ao caso da Sra. Neuzeli no que se refere a guarda e bem estar dos filhos menores e o cumprimento na íntegra e agilize o processo em que o ex-marido é acusado de ameaça de morte e agressão à professora.

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Por Mary Ferreira, Professora e pesquisadora da Universidade Federal do Maranhão; mestra em Políticas Públicas e doutora em Sociologia Unesp/FCLAr; pesquisadora do CNPq; integrante do Fórum de Mulheres Maranhenses.

Identificar e punir culpados(as) pelas irregularidades na Assembléia Legislativa



A UBM do Paraná soma-se a outras entidades e setores da sociedade no protesto contra as irregularidades na Assembléia Legislativa (ALEP), denunciadas desde a semana passada por órgãos da imprensa local. E também exige que se faça ampla investigação e punição daqueles(as) que traficam em benefício próprio com o dinheiro público de cidadãos e cidadãs do Paraná.


Corrupção não tem gênero, mas é de se notar como todo o esquema denunciado pela imprensa é operado basicamente por homens poderosos do parlamento estadual, utilizando várias mulheres como "laranjas", usadas para nominalmente receber altos salários da ALEP traficados por alguns espertalhões. Assim como nas eleições parlamentares, certos candidatos homens, quase sempre ligados a partidos conservadores, se aperfeiçoam na enganação de eleitoras para manter seu amplo predomínio na ALEP (menos de 10% do parlamento é integrado por mulheres, apesar de serem maioria na sociedade). Entendemos este processo de corrupção também como componente de um Estado patriarcal de dominação econômica, política e ideológica que subestima e submete mulheres a uma prática que não condiz no geral com seu posicionamento na sociedade. Segundo pesquisa intitulada "Corrupção e gênero", de autoria de Ana Luiza Melo Aranha, demonstra-se que as mulheres no parlamento apresentam menos propensão à corrupção e nutrem um sentimento de solidariedade e de cuidado com a sociedade, o que inclui o respeito ao dinheiro público.

A crise na ALEP já rendeu o afastamento do todo-poderoso Diretor-Geral Abib Miguel, o "Bibinho", operador das verbas milionárias da ALEP (mais de 300 milhões). Muitos deputados ligados a "Bibinho" tentam disfarçar essa proximidade, a exemplo do peemedebista Alexandre Cury. O caso continua rendendo e o movmento estudantil promete fazer manifestação diante da ALEP nesta terça, 23/03.
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Elza Maria Campos * Coordenadora da UBM - Seção Paraná

terça-feira, 16 de março de 2010

Duas mulheres contra a corrupção


As investigações do mensalão do DEM, em Brasília, alçaram aos holofotes as procuradoras da República Raquel Dodge, 48, e Deborah Duprat, 50. As "damas de ferro" do Ministério Público Federal são definidas por colegas, advogados e juízes como sérias, dedicadas e rigorosas. Dodge e Duprat tiveram papel central na inédita prisão de um governador por suspeita de corrupção. A primeira pediu a detenção de José Roberto Arruda [ex-DEM], sob a acusação de ter tentado impedir a apuração do esquema de propina e compra de apoio político no governo do Distrito Federal. A segunda sustentou a necessidade de mantê-lo preso perante o STF (Supremo Tribunal Federal).

Em comum, têm a militância pelos direitos humanos e uma coleção de ações contra políticos acusados de corrupção. E são amigas -Duprat é madrinha de casamento de Dodge."Elas são empenhadas na busca por correção de rumos", diz Marco Aurélio Mello, ministro do STF, que já foi chefe e professor de Raquel Dodge.


Subprocuradora-geral da República, Dodge foi uma das responsáveis pela primeira condenação do ex-deputado Hildebrando Pascoal [do PFL, hoje DEM], que assassinou um mecânico com motosserra no Acre em 1996. Atuou também no combate ao crime organizado no Espírito Santo, levando à prisão o então presidente da Assembleia, José Carlos Gratz, em 2003. Reservada e discreta -amigos dizem que ela nunca altera o tom de voz -, Raquel Dodge não teme pressões. Nem mesmo as ameaças de Hildebrando Pascoal no período em que amamentava a filha caçula a fizeram abandonar o caso ou mudar de profissão.


"Ela age como pensa", afirma a amiga de mais de 30 anos Maria Oliveira Cerejo, assessora no STF, garantindo que Dodge sempre foi uma pessoa "de opiniões firmes e claras". A ponto de, no auge da investigação do mensalão do DEM, ter acionado o procurador Alexandre Camanho para resolver a situação dos índios no sul da Bahia, onde estavam em pé de guerra. A sala de Dodge, antes de ser promovida a subprocuradora, era famosa pelos adornos indígenas e pelo mapa indicando a localização exata de todas as tribos. Procurada pela Folha, ela não quis ser entrevistada. Por meio da assessoria, disse que prefere o anonimato.


Hippie
Assim como a amiga, a atual vice-procuradora-geral da República Duprat também é apaixonada pela questão indígena, tema que a fez entrar para o Ministério Público. Ela conta que frequentemente viaja para reservas indígenas. Sobre a paixão pelos índios, diz: "Acho que é uma fantasia. Vem daquela coisa de querer viver numa praia cheia de índios".Ela também atuou em casos rumorosos contra políticos. Denunciou Ivo Cassol, governador de Rondônia que ainda hoje responde a processos na na Justiça. Coordenou vários inquéritos contra o ex-aliado e agora inimigo de Arruda, Joaquim Roriz (PSC), acusado de crimes como corrupção.


Duprat já defendeu a legalidade da marcha da maconha e a união civil de homossexuais. "Sou alternativa, um pouco hippie. Sou uma pessoa mais década de 60", define-se. Nos tribunais, a "cotação" da vice-procuradora está em alta. Colegas de profissão e ministros do STF ouvidos pela Folha destacam o charme de Duprat, que corre regularmente (de 7 km a 8 km) e pratica hipismo montando o próprio cavalo, um puro sangue inglês.


Prestes a completar 51 anos, mãe de um casal e solteira após dois casamentos, ela afirma que não é muito assediada. "É porque tenho cara de mulher má", brinca. Sobre o escândalo no DF, uma das "damas de ferro" evita comentá-lo diretamente. "É uma tristeza para todos que gostam de Brasília. O que está acontecendo aqui é uma coisa que você imagina só ocorrer nos rincões mais escondidos do país, onde o Estado praticamente não chega."
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Reportagem de Lucas Ferraz, Fernanda Odilla e Andreza Matais

Todo apoio a Cuba!

Neste momento está rolando no Brasil, e no resto do mundo, uma campanha de infâmias contra o povo cubano e sua Revolução.

Trata-se de uma ação concentrada, cujo objetivo é atingir a imagem deste belo país, de seu povo bravo e firme, e para atrapalhar as excelentes relações de Cuba com outros países no mundo inteiro, inclusive com o Brasil.

Abaixo, o artigo (publicado no site do CRESS - Paraná), que escrevemos quando de nossa estada em Cuba, em janeiro de 2010.

Todo apoio e solidariedade ao povo cubano!


CUBA, PERO QUE SI, PERO QUE NO!

Cuba tem uma história de lutas desde o século XIX para se tornar uma nação livre. A revolução de janeiro de 1959 foi o passo decisivo. Inspirados pelos escritos anti-imperialistas de José Marti, reafirmando as primeiras lutas dos patriotas cubanos da metade inicial do século XX, Fidel, Ernesto Guevara, Camilo Cienfuegos e seu heróico exército desembarcado pelo Granma, lideraram o povo cubano em sua libertação do jugo imperialista norte-americano. Abriram espaço à construção de um país realmente independente e com direitos para seu povo, apesar do criminoso cerco político-econômico dos EUA com que passaram a se defrontar depois que aderiram ao caminho socialista, situação que impõe aos cubanos grande número de dificuldades.

Com pouco mais de 11 milhões de habitantes, sendo 70% na área urbana, Cuba sobrevive apesar do bloqueio econômico imperialista. Ali a expectativa de vida é de 74 anos, a taxa de alfabetização está em 95%, há 6 médicos para cada mil habitantes, licença-gestante de um ano, prorrogável por mais um ano, saúde e educação gratuitas em todos os níveis. O país, contudo, padece para conseguir um parque tecnológico próprio e auto-suficiente. Hoje sua principal fonte de economia é o turismo, que é desenvolvido com muita competência.

O sistema de seguridade social, cujos princípios são os da solidariedade, universalidade e integridade, pode ser caracterizado como um dos mais abrangentes do mundo e oferece benefícios monetários, em serviços e em espécie que incluem entre outros: subsídios por enfermidades e acidentes, ajuda por maternidade, pensão por idade, morte ou invalidez, assistência médica e odontológica, preventiva e curativa, hospitalar em geral, reabilitação física, psíquica e laboral, serviços funerais e aparelhos de ortopedia e próteses.

Atualmente o governo Lula reforça relações com Cuba, destacando sua política internacional de amizade, apoio e trocas comerciais entre os países. Além das tradicionais bolsas de estudos concedidas para brasileiros freqüentarem a ELAM (Escola Latino-americana de Medicina) e de bolsas para estudos em nível superior nas áreas de Esportes e Educação Física, de Artes e em outros segmentos do conhecimento, as relações entre os países tem sido no sentido de explorar outros segmentos como a busca de petróleo, que tem também os governos da China e da Venezuela, fato que é saudado pelos cubanos.

Uma viagem à ilha socialista

“Talvez sim, talvez não” – estas palavras foram ouvidas durante os 10 dias em que 22 sonhadores viajantes* saíram de Curitiba rumo à ilha socialista tão marcada em nossa subjetividade pelas heróicas e bravas lutas de Ernesto Che Guevara e pelo arrojado dirigente Fidel Castro. Mas os participantes desta viagem turística tinham objetivos diferentes, todos sonhavam em pisar na Ilha e apreciar suas belíssimas paisagens e belezas naturais. Além disso, descobrir um pouco mais sobre o socialismo que resiste há mais de 50 anos, apesar do cruel bloqueio comercial imposto pelos Estados Unidos, assim como levar solidariedade à luta pela libertação dos cinco heróis cubanos, que há onze anos foram sequestrados e presos nos Estados Unidos sob alegação de serem espiões do Governo Cubano.

Mesmo após a longa viagem de seis horas entre o aeroporto Afonso Pena e Caracas, toda a delegação estava disposta a conhecer mais sobre Cuba, seu povo, sua cultura. Alguns a respeitam e amam pela luta revolucionária; outros tinham informações através da imprensa, internet e livros. Havia uma vontade de obter algumas respostas sobre como um país tão isolado economicamente resiste com heroísmo, mantendo sua educação pública e gratuita em todos os níveis e a atenção básica de saúde para todos.

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Nós fomos recepcionados pelos sorridentes cubanos de uma agência de turismo, exibindo um cartaz onde se lia “amigos do Paraná”, placa que nos acompanhou por diversos lugares que conhecemos. Saindo do aeroporto, já pudemos perceber o cenário interessante, com cartazes da revolução, um número considerável de carros antigos pela bela Havana, além de um clima muito agradável e um povo alegre, enquanto nos dirigíamos ao local onde ficaríamos antes de irmos para Cienfuegos.

Nosso primeiro passeio, com um guia turístico, foi até a Praça da Liberdade, um amplo espaço rodeado pelos principais ministérios do governo, onde são realizados grandes atos públicos em datas como o 1º. de maio (Dia do Trabalhador) e o 1º. de janeiro, data comemorativa do início da revolução cubana. Nela, há um imenso quadro de Che exposto na parede de um dos prédios, de aproximadamente dez andares. Enquanto cruzávamos as ruas, o guia relatava a história cubana. El Cerro, um bairro onde vivia a aristocracia de Havana, apresenta casas enormes com detalhes próprios dos colonizadores espanhóis. Pelas dificuldades econômicas impostas ao país, segundo o guia, não se coloca como prioridade a realização de pinturas ou recuperação nestas históricas construções.

Em seguida, visitamos o Forte do Morro e a Fortaleza San Carlos de La Cabaña, uma aventura histórica por dentro da cidade, por onde se avista toda Havana. As antigas edificações foram palco de marcantes batalhas. Em janeiro de 59, depois da tomada do poder, Che Guevara ocupou esse prédio e dirigiu o Ministério do Interior até junho do mesmo ano.

Em caminhada passeamos por Havana Vieja e andamos pelo malecón – um calçadão que começa no bairro de Vedado e cruza boa parte da cidade, atravessado pela afável brisa do mar, desvelando a paisagem dos prédios históricos e seus detalhes arquitetônicos. Linda a Plaza de la Revolución, onde se cultuam dois grandes heróis nacionais: José Martí e Che Guevara.
Ao passear com a camisa verde e amarela da bandeira brasileira, fomos constantemente abordados por cubanos com palavras de estímulo e de amor ao nosso país. A admiração pelos brasileiros é manifestada pela simpatia desmedida por nosso futebol e nossas novelas.

Como o roteiro incluía a visita por algumas cidades do país, no dia seguinte nos dirigimos para Cienfuegos, conhecida como “A Pérola do Sul”, única cidade fundada pelos colonialistas franceses em 1819. Cienfuegos fica às margens da baía, na entrada do Mar do Caribe. Em meados do século XVIII (1745), os espanhóis construíram a fortaleza de Nuestra Señora de los Angeles de Jagua, para proteção contra os piratas do Caribe.

A fortaleza é considerada monumento nacional, um lugar de onde se tem uma das vistas mais interessantes do litoral da cidade. O atrativo principal de seu centro histórico consiste em um conjunto de construções com grandes colunas e amplos vestíbulos. Ela impressiona com suas ruas alinhadas e limpas, além da beleza do mar.

Antes de caminhar ao nosso próximo destino, a praia paradisíaca de Varadero, passamos por Santa Clara, onde visitamos o mausoléu em que foi enterrado Che Guevara. Che foi assassinado na Bolívia em 1967, mas, 30 anos depois, seus restos foram transladados para Cuba e ele foi enterrado com honras de Estado. A enorme estátua, com os dizeres “Hasta la victoria siempre”, foi edificada com o olhar de Che para a América Latina, uma perfeita alusão à luta deste herói latino-americano, que dedicou sua vida ao internacionalismo e à liberdade de seu povo.

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A praia de Varadero é a mais famosa das praias de Cuba, cartão postal do turismo da ilha. Situada a cerca de 200 km da costa da Flórida (EUA), Varadero foi nos anos 40 e 50 um dos principais refúgios de criminosos americanos. Também recebia o escritor Ernest Hemingway.

Ao final de nossa viagem, no retorno a Havana, tivemos a grata satisfação de participar de reunião com Ramon Cardona, presidente da Central de Trabalhadores de Cuba e diretor da Federação Sindical Mundial. Cardona nos deu seu relato sobre a luta dos trabalhadores da América Latina, da resistência do povo cubano frente ao cerco imperialista dos Estados Unidos, da importância do Brasil no cenário mundial em defesa da soberania e da solidariedade internacional que o governo Lula vem desenvolvendo. Saudou a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e a amizade entre nossos povos. A despedida de Cuba se deu em um jantar onde fomos presenteados com um bolo sobre o qual estava desenhado “Brasil”.

Voltar a Cuba deve ser o desejo de todos que lá já foram. Rever o mar límpido, a bela cidade de Havana, rever os amigos que deixamos e continuar a acalentar o sonho por um mundo de liberdade e de desenvolvimento, apoiar este povo que luta e resiste contra o covarde embargo econômico estadunidense.

Voltei, revigorada e com mais confiança no futuro, acreditando ainda mais que no Brasil também existe um grande povo, sonhador e lutador, única força capaz de levar o país a verdadeiros tempos novos, plenos de igualdade e liberdade.

Pero que si, pero que no, yo lo creo que Cuba merece um sí!

(*)A viagem a Cuba foi coordenada pela Associação Cultural José Marti e pelo Centro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (CEBRAPAZ). Participaram ainda da viagem integrantes da União Brasileira de Mulheres–Seção Paraná (UBM-PR), do Centro de Estudos, Defesa e Educação Ambiental (CEDEA), Federação Interestadual de Sindicato dos Engenheiros, Conselho Regional de Serviço Social do Paraná CRESS-PR), militantes dos Partidos Comunista Brasileiro (PCB), Partido Comunista do Brasil (PcdoB) e Partido dos Trabalhadores (PT), além de militantes independentes das causas ambientais e populares.

Por: Elza Maria Campos, Coordenadora do Curso de Serviço Social da Unibrasil, vice-presidente do Conselho Regional de Serviço Social – CRESS – 11ª Região e Coordenadora da União Brasileira de Mulheres – Seção Paraná.

domingo, 14 de março de 2010

Estudo do IPEA mostra impactos da dupla jornada

A persistente responsabilização das mulheres pelos trabalhos domésticos não remunerados é apontada como fator preponderante na desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho. Essa é uma das conclusões do Comunicado do Ipea 40, denominado "Mulheres e trabalho: avanços e continuidades" (clique aqui para ler na íntegra o Comunicado), que o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou na segunda-feira (8), Dia Internacional da Mulher.

Apesar de ocuparem cada vez mais postos no mercado de trabalho, 86% das mulheres ainda são responsáveis pelos trabalhos em casa, enquanto os homens são 45%, segundo dados de 2008 do IBGE. Elas dedicam em média quase 24 horas por semana aos afazeres domésticos. E os homens, apenas 9,7 horas.

O estudo trata, ainda, das consequências dessa naturalidade em atribuir às mulheres os afazeres domésticos. Os efeitos vão desde a menor disponibilidade da mulher às jornadas de trabalho que exijam mais tempo, à ação dos estereótipos e a ocupação de 42% das mulheres em posições precárias, em comparação com 26% dos homens.

A coordenadora de Igualdade e Gênero do Ipea, Natália Fontoura, afirmou que, se de um lado há muitas trabalhadoras precarizadas, no outro extremo há um crescente grupo de profissionais liberais mais escolarizadas e bem remuneradas que podem se lançar no mercado de trabalho porque delegam as responsabilidades familiares a outras mulheres, as empregadas domésticas.

"Isso cria um encadeamento perverso de mulheres ligadas às atribuições que deveriam ser de todos, independentemente de ser homem ou mulher", disse a técnica.


Políticas públicas
As mudanças nos arranjos familiares, com quase 35% de mulheres chefes de família, o tempo médio de estudo das mulheres de 7,6 anos - que já é superior ao dos homens (7,2 anos) -, e o percentual crescente de mulheres que entram no mercado de trabalho são algumas das principais mudanças registradas entre 1998 e 2008 no Brasil.

Apesar disso, o Comunicado mostra que praticamente nada mudou com relação ao trabalho doméstico no que diz respeito à distribuição dos afazeres entre homens e mulheres.

Natália Fontoura alertou para o papel das políticas públicas e das instituições no sentido de promover uma mudança cultural e estimular o compartilhamento de atividades domésticas. A pesquisadora sugeriu uma licença-paternidade maior e também licenças paternais que tanto mulheres quanto homens poderiam usar para resolver emergências dos filhos.

"Isso muda a visão do empregador. Se qualquer um pode tirar essa licença, na hora de escolher entre uma mulher ou um homem, a mulher não será mais discriminada, além de o pai ganhar mais tempo para a família", concluiu.
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Fonte: DIAP

sábado, 13 de março de 2010

As meninas de Ibiúna


Maria do Socorro Morais (Jô Morais), Helenira Rezende de Souza Nazareth e Maria Liége Santos Rocha (na foto acima, da esquerda para a direita) foram presas em 14 de outubro de 1968 quando a repressão invadiu o 30º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), que se realizava clandestinamente em um sítio da cidade paulista de Ibiúna. Foram presos/as 1.240 delegados/as provenientes de todo país.

Jô Moraes é hoje deputada federal pelo PCdoB de Minas Gerais. Liége Rocha coordena nacionalmente a União Brasileira de Mulheres. A também heroica Helenira, porém, não escapou à repressão da ditadura militar e foi assassinada pelo Exército na selva amazônica, quando participava da Guerrilha do Araguaia. A essas heroicas combatentes do povo brasileiro e às outras "meninas de Ibiúna" rendemos nossa comovida homenagem.

Neste centenário de comemorações do Dia Internacional da Mulher, o Centro de Documentação e Memória (CDM) da Fundação Maurício Grabois publicou em seu site parte das fichas de detenção das 151 estudantes que participaram daquele Congresso, as quais foram presas e fichadas pelo Deops. As fotos fazem parte do acervo do Arquivo Público do Estado de São Paulo. Para ver essa lista de fichas e fotos clique aqui.

Reproduzimos abaixo trecho dessa lista parcial do site da Fundação M. Grabois, com as estudantes paranaenses que foram presas naquele histórico Congresso da UNE de 1968.

Ana Maria da Costa
Filha de José Martiniano da Costa e Maria Aparecida da Costa, brasileira, natural de Siqueira Campos - PR, com 21 anos de idade, residente à Praça Rui Barbosa, 795. Estudante de Odontologia da UFPR.

Cecilia Sanchez de Cristo
Filha de Jurandir Aleixo de Cristo e Inez Sanches de Cristo, com 20 anos de idade, brasileira, natural de Rio Branco do Sul-PR, estudante de Filosofia da Universidade Católica do Paraná.

Elizabeth Franco Fortes
Filha de Otacílio Fortes e Inez Fortes, com 23 anos de idade, brasileira, natural de Quatiguá - PR, residente à Rua Rosa Saporski, 294, Mercês, Curitiba - PR, estudante de Filosofia da UFPR.

Lore Meyer
Filha de Alfred Meyer e de Olga A. Meyer, brasileira, natural de São Bento do Sul - Santa Catarina, residente à Rua Moisés Marcondes, 181, Curitiba - Paraná, estudante de Filosofia da UFPR.

Palmira Amâncio da Silva
Filha de Antonio Amâncio da Silva e Ostiniana Ribeiro da Silva, com 23 anos de idade, brasileira, natural de Marilia - SP, residente à rua Gal. Carneiro, s/no., Curitiba-PR, estudante de Economia da Universidade Católica do Paraná.

quarta-feira, 10 de março de 2010

UBM-Paraná presente na Caminhada das Mulheres em Curitiba

Militantes da UBM-Seção Paraná estiveram presentes na caminhada que diversos movimentos realizaram no último dia 6/3 em alusão ao Dia da Mulher. Nessa agradável manhã de sábado, as e os participantes se concentraram na Praça Santos Andrade, diante das escadarias históricas da UFPR e foram em marcha até a Boca Maldita, exibindo suas faixas e reivindicações. Confira algumas fotos da manifestação.

Coordenadora da UBM-Paraná homenageada em Piraquara


A Câmara Municipal de Piraquara, no dia 05 de março, em alusão ao Dia Internacional da Mulher, homenageou algumas personalidades femininas do estado, entre elas a Coordenadora Geral da UBM, Elza Campos (foto). A proposição da homenagem partiu do vereador José Aparecido Rodrigues (PPS). Também foram homenageadas Renata Bueno (vereadora de Curitiba), Fernanda Richa, Regina Almeida, Loireci Dalmolin de Oliveira e Irma Neli Faccin.

terça-feira, 9 de março de 2010

Show "Faces de Mulher" lota o Guairinha e empolga o público


Um espetáculo variado, com diversas vertentes musicais e estilos de interpretação, assinalou ontem, festivamente, o Dia Internacional da Mulher na cidade de Curitiba, em um de seus mais tradicionais palcos, o Teatro Guairinha. O show "Faces de Mulher" juntou cantoras que empolgaram uma platéia que lotou o teatro, cantando junto com elas. No final, uma apoteose com todas as cantoras convidadas subindo ao palco e entoando um dos hinos de louvor à bravura da mulher, "Maria, Maria", de Milton Nascimento e Fernando Brant. Ficou no final a vontade de uma terceira edição do show, para 2011, que pode ficar como uma marca na comemoração do Dia da Mulher em Curitiba.

segunda-feira, 8 de março de 2010

A primeira mulher a ganhar um Oscar de melhor direção


Na noite de ontem (7/3) deu-se a tradicional cerimônia da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA, com a entrega dos prêmios Oscar. Em cerca de 80 anos de premiações da Academia em Hollywood, pela primeira vez uma mulher recebeu o Oscar de melhor direção. Kathryn Bigelow dirigiu o filme "The Hurt Locker" (designação de um período de imensa e inescapável dor física e ou emocional), que no Brasil recebeu o nome enganoso de "Guerra ao Terror".


O filme de Kathryn Bigelow mostra o cotidiano de soldados norte-americanos no Iraque invadido pelos EUA e seu drama por terem que suspeitar como inimigos, na prática, de quase todos os iraquianos com quem convivem nas ruas.


Irônico nessa premiação é o fato de uma mulher ser premiada pela direção de um filme que pode ser classificado como "de guerra" e de custos baixos de produção, enquanto seu ex-marido, o famoso cineasta James Cameron (do filme "Titanic"), não conseguiu obter o mesmo número de premiações com o paparicado, supertécnico e caríssimo "Avatar", que faz apologias ecológicas e pacifistas.


Em resenha crítica para o Portal Vermelho, o jornalista Cloves Geraldo considera "Guerra ao Terror" uma metáfora para os impasses enfrentados pelos EUA na ocupação do Iraque, ao retratar as dificuldades encontradas pelos soldados especialistas no desarme de bombas em plena zona urbana de Bagdá. As dificuldades não estão apenas em evitar que elas explodam, mas em entender o que se passa ao seu redor. Enquanto desarmam explosivos que podem levar quarteirões pelos ares, eles se veem cercados por cidadãos comuns que assistem a seu trabalho como se estivessem diante da TV. Na verdade, travam entre si um jogo de vida e morte. Os soldados ianques buscam, muitas vezes sem sucesso, identificar qual dos transeuntes iraquianos irá acionar, via controle remoto, o mecanismo que tornará sua tarefa inglória. Pois a brava resistência iraquiana à invasão americana modifica sua ação a cada instante e seus militantes são na verdade cidadãos comuns vistos nos prédios, nas feiras e nas ruas congestionadas.


Para saber mais sobre o filme, clique aqui para ler na íntegra a resenha de Cloves Geraldo. E aqui uma crítica da Revista Piauí.
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Crédito da foto: The New York Times

Marcha na capital homenageia a mulher

Mara Andrich, do "Paraná Online" - 07/03/2010


Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, vários movimentos se reuniram para fazer uma grande caminhada, ontem (6/3) pela manhã, em Curitiba. O evento fez parte da Marcha Mundial da Mulher (MMM), que está ocorrendo em cerca de 50 países até o dia 18.


A ideia é lembrar dos diversos problemas aos quais as mulheres são submetidas, como a violência, o salário menor do que o dos homens, a dificuldade de acesso à creches para os filhos, entre outros. Com camisetas de cor lilás - que era a cor dos guarda-pós das operárias há 100 anos, quando iniciou a comemoração no dia 8 de março -, o grupo saiu da Praça Santos Andrade, no centro, e foi até a Boca Maldita.


A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) e uma das representantes da MMM, Marlei Fernandes de Carvalho, acredita que a violência contra a mulher ainda é um dos pontos que precisa de mais atenção. Porém, ela acredita que todas as políticas públicas estão relacionadas e, sendo assim, um problema leva a outro. "Muitas mulheres sofrem agressões, e muitas também se submetem a viver com determinada pessoa por conta das dificuldades financeiras. Então aí temos a questão econômica junto com a violência", lembrou Marlei. Para ela, uma das maneiras mais efetivas de demonstrar a insatisfação é ir às ruas. "Nós temos que gritar. Se não expressarmos o que sentimos não haverá transformação na sociedade", alerta.



Show


Amanhã (8/3), o show Faces de Mulher vai ocorrer no Guairinha, às 20h. Na ocasião, as cantoras Janaina Fellini, Raquel Santanna, Simone Magalhães, Clarice Mendes, Maria Isabel Corrêa e Zezé Chagas apresentarão o trajeto feminino ao longo das transformações e da consolidação de sua presença na música paranaense e brasileira. Além da música, o público também poderá conferir as esculturas da artista plástica Graciela Scandurra, que farão parte do local. O valor do ingresso é de R$ 5 (estudantes) e R$ 10 (público geral).


sexta-feira, 5 de março de 2010

Dia da Mulher com ato público e show musical em Curitiba


Em 2010, mulheres do mundo inteiro comemoram o centenário do Dia Internacional da Mulher. Em Curitiba, a União Brasileira de Mulheres – Seção Paraná (UBM-PR) conclama à participação no Ato Público marcado para 06/03 (sábado), às 11 horas, com caminhada que vai da Praça Santos Andrade à Boca Maldita. No dia 8, a entidade patrocina e convida para o Show "Faces de Mulher", às 20h00, no Teatro Salvador de Ferrante (Guairinha).

As manifestações que ocorrerão em diversos países por ocasião do 8 de março querem reafirmar as lutas e conquistas da mulher em busca da igualdade de gênero, ao longo desses 100 anos de existência da data simbólica. Em Curitiba, o ato público do dia 06/03 - coordenado pelo Fórum Popular de Mulheres, Marcha Mundial das Mulheres, Federação de Mulheres do Paraná e demais entidades do movimento feminista, popular e sindical - contará com a participação de centenas de mulheres, que se concentrarão na Praça Santos Andrade às 11 horas. De lá seguirão até a Boca Maldita, local final da manifestação.

“É um momento de nós, mulheres, contribuirmos para o debate sobre a relação mulheres x poder. Este é um ano político e é fundamental superar a subrepresentação feminina na política e em todos os espaços de poder para impulsionar o avanço da democracia no Brasil. As eleições deste ano constituem importante momento desta luta. E as conquistas das mulheres se dão no ventre da liberdade e da democracia, mas também sob a pressão das próprias com o apoio da sociedade”, explica Elza Campos, coordenadora estadual da UBM-Paraná.


Show Faces de Mulher
No dia 08 de Março, a UBM-Paraná, em conjunto com a Rede Esperanto (RDEE), promove a 2ª edição do Show "Faces de Mulher". O espetáculo será realizado no Teatro Salvador de Ferrante (Guairinha), às 20 horas.

Na ocasião, as cantoras Janaina Fellini, Raquel Santanna, Simone Magalhães, Clarice Mendes, Maria Isabel Corrêa e Zezé Chagas realçarão as transformações alcançadas na trajetória de lutas das mulheres e a consolidação de sua presença na música paranaense e brasileira. Além da música, o público também poderá conferir as esculturas da artista plástica Graciela Scandurra, que farão parte do cenário, representando a mulher em movimento.

O valor do ingresso é de R$ 5,00 (estudantes) e 10,00 reais (público geral). Os ingressos podem ser adquiridos no próprio local do show ou no site do Teatro Guaíra.