Por Elza Maria Campos
A União Brasileira de Mulheres, que desde o primeiro turno assumiu decididamente a campanha de Dilma ao lançar seu Manifesto UBM com Dilma para continuar mudando o Brasil, já no mês de julho em todo o país e intensificou sua campanha no segundo turno, comemorou com muita alegria esta vitória popular. A eleição de Dilma Roussef, a primeira mulher a ocupar a Presidência da República no Brasil, é um feito dos mais grandiosos para os trabalhadores e em especial para as mulheres que poderão sentir-se mais empoderadas e confiantes em suas lutas e conquistas.
A repercussão desta admirável vitória ocorreu em todo o mundo e revela a importância do Brasil no cenário internacional aliada à representação desta que inicia sua vida pública aos 16 anos defendendo a liberdade de seu povo e mesmo sob todas as tentativas de armadilhas que tentaram impor à nossa maior líder, teve o espirito de guerreira, ganhando cada vez mais o apoio popular e a confiança de seu povo.
O Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem) considerou um fato "histórico para a política e a sociedade e para as brasileiras. Para Rebecca Reichmann Tavares, representante do Unifem para o Brasil e o Cone Sul, "É a consagração da luta de gerações e gerações de mulheres brasileiras, que desde o início do Século XX lutaram pela conquista do direito ao voto.”
A revista americana Time divulgou, em seu site: a presidenta Dilma está entre as 10 mulheres mais importantes do mundo. A Time ressaltou que a sucessora de Lula será a líder da quarta maior democracia mundial, se tornando uma "inspiração para as mulheres de todo o mundo".
É um fato incontestável, pois renova um novo tempo de esperanças e possibilidades de conquistas para o nosso país e em especial para as mulheres. São quase 80 anos do direito ao voto à eleição da primeira presidenta do Brasil.
Temos consciência que avançamos durante o Governo Lula, no que de refere a perspectiva para as mulheres, notadamente na conquista da Lei Maria da Penha e na instalação do Ministério das Mulheres entre outros avanços nos campos das políticas públicas e da atuação do Brasil no cenário internacional.
A vitória de Dilma se revela na convergência de um conjunto de forças progressistas em torno de um programa que combina soberania nacional, desenvolvimento econômico, distribuição de renda, inclusão social e liberdades políticas e a possibilidade de aprofundar as mudanças iniciadas no governo Lula.
O papel das mulheres e dos movimentos feministas e sociais é de grande importância, para garantir que a plataforma elaborada pelos movimentos seja efetivamente realizada. Seremos protagonistas do esforço para construir um projeto de nação justa, com amplas oportunidades para toda a população.
As mulheres que protagonizaram e já estiveram presentes em grandes lutas populares em todos os tempos e lugares, ousando sonhar e construir um mundo diferente, verdadeiramente justo e igualitário e já deram provas no passado de compromisso democrático na luta por liberdades políticas para o povo brasileiro, no presente sentem-se mais fortes e empoderadas para construir com Dilma um país de igualdade e de justiça.
A UBM continuará lutando para que as mulheres façam suas escolhas, na vida pessoal e na vida política, ou seja, no espaço privado e no espaço público. Lutará para que a saúde, a educação, a cultura, a segurança pública, o meio ambiente, o trabalho convirjam para o atendimento integram às mulheres e a toda sociedade.
No próximo ano teremos a realização da III Conferência de Políticas para as Mulheres, reforçaremos as propostas do II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, no sentido de consolidar esse canal de participação e efetivamente transformar em políticas de Estado as Políticas Públicas para as mulheres e para que trate a pauta das mulheres como um assunto estratégico para nosso país. A Lei Maria da Penha seja efetivamente cumprida, para que a maternidade seja uma escolha das mulheres e para que as mulheres não sejam criminalizadas pela realização do abortou.
Um dos maiores problemas para avançar a democracia no Brasil, pauta-se na sub representação feminina nas instâncias de poder. A proposta que vem sendo defendida por nossa presidenta de contar nos Ministérios com 30% de mulheres recebe o apoio das mulheres, e demonstra já que Dilma terá um olhar para as mulheres como bem demonstrou em seu discurso de posse ao dirigir suas primeiras palavras às mulheres. Se a simbologia de termos uma mulher presidenta é de grande significado a a aplicação das cotas ministeriais, também acarreta um ganho de poder simbólico para as brasileiras.
As mulheres estarão par a passo com toda população para que todos os temas estejam pautados de forma integrada e articulada com Dilma a primeira mulher presidenta da história do Brasil.
Um comentário:
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